Brasília (15 de dezembro) – Representantes de grandes empresas chilenas que exportam e têm investimentos no Brasil estiveram hoje com o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Pereira, em Brasília, para discutir formas de ampliar os intercâmbios bilaterais. Integravam a delegação de quase 30 pessoas o presidente da Sociedade de Fomento Fabril do Chile (Sofofa) – que representa a indústria do país andino – Hermann Von Muhlenbrock, e o embaixador do Chile no Brasil, Jaime Gazmuri.
Durante a reunião, o ministro destacou a importância das relações econômicas entre os dois países e afirmou que o Chile é um dos parceiros prioritários na estratégia de ampliar o comércio exterior brasileiro. O embaixador do Chile ressaltou que o país andino é o principal investidor sul-americano no Brasil, que, por sua vez, é o principal destino dos investimentos chilenos no mundo. Os investimentos do Chile no Brasil são direcionados, sobretudo, ao setor industrial, seguido pelos setores de varejo, serviços, energia, agropecuária e mineração. Estima-se que tais investimentos gerem mais de 30 mil empregos diretos e indiretos.
Marcos Pereira disse, também, que vai continuar trabalhando pela internalização do Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) assinado com o Chile em 2015. Para entrar em vigor, é necessário que os países finalizem a negociação do acordo de serviços financeiros e que o ACFI seja aprovado pelo Congresso Nacional. A este respeito, o ministro informou que os primeiros três ACFIS assinados pelo Brasil, com Moçambique, Angola e Malaui, tinham acabado de ser aprovados nesta quinta-feira (15/12) pela Câmara de Deputados e já podem ser enviados ao Senado Federal.
Marcos Pereira informou, ainda, que a partir da intensificação do diálogo com grandes mercados mundiais o Brasil pode se tornar uma importante plataforma de exportações para empresas que quiserem ampliar seus investimentos em território nacional. “O Mercosul discute para 2017 uma agenda pragmática de trabalho. Devemos priorizar o acordo Mercosul-União Europeia, além das negociações com o Canadá e com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA)”, disse o ministro. O EFTA é o bloco formado por Suíça, Liechtenstein, Noruega e Islândia.
Por fim, Marcos Pereira ressaltou aos chilenos que o Brasil está aprovando reformas para incentivar o crescimento da economia, revisar a legislação trabalhista e simplificar o ambiente de negócios, reduzindo custos para investidores e exportadores com medidas de desburocratização.
Intercâmbio Bilateral
Em 2015 o Brasil vendeu ao mercado chileno US$ 3,9 bilhões em mercadorias (-20,1% em relação a 2014), enquanto que o Chile exportou para o Brasil, no mesmo período, US$ 3,4 bilhões (-15 % em relação a 2014). O resultado foi um saldo positivo de US$ 567 milhões para o Brasil. Vendemos para o Chile, principalmente, óleos brutos de petróleo, carne bovina e de frango, chassis com motor, carrocerias para caminhão, veículos de carga e tratores. As importações brasileiras do Chile são compostas, em sua maioria, de minérios de cobre e seus concentrados, catodos de cobre, salmões e vinhos, entre outros produtos.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MDIC
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